Estudo de Caso
Desenvolvi este projeto com o intuito de demonstrar minhas habilidades técnicas em Design Conversacional. Trata-se de um chatbot real, totalmente operacional, que atua como um guia interativo para meu portfólio e informações profissionais. Ao mesmo tempo, ele serve como uma vitrine das minhas competências como Designer.
A seguir, explico detalhadamente como desenvolvi este projeto.
Escopo
Criar um chatbot capaz de oferecer informações profissionais a meu respeito de maneira criativa e descontraída. O público-alvo são potenciais clientes e contratantes, sobretudo, profissionais de RH. O chatbot precisa fornecer informações como segmentos de atuação profissional, formações e especializações, experiências de mercado, meios de contato e, claro, meu portfólio formal.
Metodologia
Este projeto surgiu no contexto da minha migração para a área de UX Design, onde eu precisava me destacar dos outros profissionais ao participar de processos seletivos, fazendo com que eu avançasse pelas etapas de avaliação.
Em uma situação em que eu estivesse projetando para um cliente (e não para mim mesmo), uma das minhas primeiras tarefas seria a etapa de pesquisa, onde eu buscaria entender qual era o perfil de pessoas que iriam interagir com o chatbot. Como se trata de um produto voltado para mim mesmo, organizei, de forma racional, minhas próprias experiências e informações obtidas em processos seletivos dos quais já participei.
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Na fase de ideação, me servi de metodologias como Design Thinking para expandir minha visão sobre o problema e suas possibilidades de resolução. Em seguida, utilizei o Figma para estruturar e desenhar o fluxo do meu chatbot.
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Protótipos são ferramentas valiosas para testar e validar ideias antes do desenvolvimento completo. Porém, embora sejam indispensáveis em muitos projetos, neste caso específico, sua criação não se justificou devido à simplicidade do chatbot e à sua finalidade interna. Mesmo assim, no futuro, planejo expandir este projeto e utilizar a prototipação para otimizar o resultado final.
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Após a realização das etapas acima, desenvolvi e implementei o chatbot. Em seguida o disponibilizei, em caráter de testes, para um grupo pequeno de pessoas. Fiz as adequações com base nos primeiros feedbacks e o publiquei na internet. Depois disso, se inicia o que chamamos de ciclo de iterações. Confira, a seguir o detalhamento de cada uma dessas etapas.
Pesquisa
Para entender o projeto e o contexto em que o cliente se insere, faço:
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Estudo do escopo (pazos, recursos financeiros, viabilidade técnica, tecnologias disponíveis etc);
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Desk Research;
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Benchmarking;
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Aprofundo a pesquisa com um processo de Discovery.
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Se o cenário for propício, rodo um board de Lean Inception. Essa ferramenta contempla os pontos fundamentais para a construção de um bom MVP;
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Caso contrário, priorizo as principais questões que precisam ser respondidas e vou administrando a troca de informações por meio de questionários, reuniões e demais recursos assíncronos.
Ideação e Desenho
É importante frisar que o processo de design de um produto ou solução é muito mais abrangente do que o ato de construir um desenho ou fluxograma.
Aqui entram os conceitos de Product Design e Service Design, que eu uso para pensar no processo de construção do produto e jornada do usuário, de ponta a ponta.
Prototipação
Dependendo do contexto e circunstâncias, é importante que haja uma etapa de prototipação. Isso facilita a compreensão do cliente sobre a solução proposta. Também permite mensurar, qualitativamente, pontos específicos da jornada que não possam ser obtidos por extrações convencionais de dados.
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O momento de realização da prototipação pode ser variável. É preciso considerar quando há necessidade de facilitar a compreensão da solução proposta ou a obtenção de feedbacks que vão alimentar o ciclo de construção, medição e aprendizado. Dependendo da situação, a prototipação pode vir em qualquer etapa da jorna. Também é importante perceber quando não é necessário prototipar.
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Existem diversas ferramentas que podemos utilizar para isto. Como recomendação pessoal, cito Maze, Quant-UX e Useberry (as quais já tive oportunidade de testar).
Iterações
Vejo essa etapa como uma confluência de vários estágios do processo. É nesse ponto que encerramos um ciclo de entrega e coletamos insumos para alimentar o próximo. Ao chegarmos aqui, já tivemos uma curva de aprendizado sobre o produto, bem como os feedbacks do cliente e dos usuários que interagem com a solução.
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Além dos pontos mencionados, também é fundamental o diálogo com profissionais de curadoria e controle de qualidade. Dessa troca vão emergir os problemas a serem sanados e os insights para novas atualizações e novas funcionalidades do produto.